13 de setembro: anote aí no seu calendário! Neste dia é comemorado o Dia Nacional da Cachaça. Mas você conhece a história por trás da data? Esse foi o dia em que foi oficializado pela Corte Portuguesa a venda da bebida no Brasil no ano de 1661, após 30 anos de informalidade nas negociações. A data foi instituída em 2009 no calendário comemorativo nacional após sugestão do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), órgão que representa o produto.
Mais do que um produto, a cachaça é considerada um valioso patrimônio cultural do país. Assim como a Escócia tem o uísque, a França o vinho e o México a tequila, o Brasil tem na cachaça o destilado de maior consumo no país (e terceiro no mundo). Mas nem sempre a bebida foi celebrada.
Em 1661 houve um capítulo histórico conhecido por “Revolta da Cachaça” que ia contra a corte portuguesa e motivada pelo excesso de impostos cobrados aos fabricantes de aguardente no Rio de Janeiro, local do levante. O governo português lançou mão de uma manobra estratégica para proteger seu próprio destilado fabricado em Portugal (no caso a bagaceira, feito da uva), fazendo com que a produção da cachaça fosse uma atividade ilegal.
Ao passo que a produção de cachaça crescia, mesmo na ilegalidade, o cerco da corte portuguesa também aumentava na mesma proporção para os que continuavam a produzir a bebida. A gota d’água foi quando o governador da capitania do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá e Benevides, instituiu mais um imposto sobre o produto, o que culminou em uma revolta nos municípios de São Gonçalo e Niterói.
Após muitos impasses entre produtores líderes da revolta – que acabaram sendo presos – e a corte portuguesa, o governo de Portugal cedeu e liberou a produção da cachaça no Brasil.
Em resumo, historicamente a cachaça sempre foi a bebida mais querida pelo povo brasileiro e ligada em suas raízes.